Ano 1 BOLETIM INFORMATIVO DO CÍRCULO MONÁRQUICO DE BELO HORIZONTE Nº 01 ABRIL/2010
Muitos brasileiros manifestam espanto ao saber que no Brasil existe uma Família Imperial, cujos componentes, quer pelas suas origens, quer pela atuação de seus maiores nos acontecimentos do passado, são os mais ilustres personagens das três Américas! Isso, que fala por si e dispensa qualquer instituto de pesquisa, deveria constituir para nós verdadeiro motivo de orgulho diante do mundo inteiro.
Que estudante de História não ouviu falar de Hugo Capeto (940-996), o barão feudal elevado por seus pares em 989 à condição de Rei por encarnar do modo mais completo os caracteres de seu povo? Ou do grande São Luiz IX, o Rei-Cruzado (1214-1270), paradigma de todos os monarcas?
Pois bem, de um e de outro descendem, pelo enlace da Princesa Isabel com Gastão de Orleans – o Conde d’Eu –, os membros da nossa Família Imperial. Eles também descendem de D. Afonso, Primeiro Duque de Bragança, casado com a filha do indômito guerreiro e santo D. Nuno Álvares Pereira, Condestável de Portugal.
Mãe de doze filhos – dentre os quais se des- tacam os Príncipes Dom Luiz e Dom Bertrand
de Orleans e Bragança, respectivamente Chefe da Casa Imperial Brasileira e Príncipe Imperial do Brasil –, a Princesa D. Maria da Baviera, esposa do Príncipe D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança, descende de Otto de Wittelsbach, Conde Palatino da Baviera em 1156 e dos reis bávaros.
Nas veias dos membros da nossa Família Imperial circula o sangue de ancestrais com os anos em dobro aos do nosso querido Brasil. À maneira dos bons vinhos, que quanto mais velhos melhores, suas cepas transpuseram o oceano e, despoluídas de certos venenos daninhos, vicejaram sob o Cruzeiro do Sul, na dadivosa Terra da Santa Cruz. Seu vinho mais aromático, delicado e precioso tem um nome: Princesa Isabel.
A par da requintada educação que recebem, essa longuíssima hereditariedade transmite aos membros da Família Imperial uma experiência e um savoir faire na gestão da coisa pública des-
conhecidos da maioria dos brasileiros. Experiência e savoir faire de antepassados que plasmaram grandes nações civilizadas a partir da desordem e do caos da barbárie.
Como se vê, a nossa Família Imperial carrega o sangue de ancestrais com duas vezes os anos do nosso querido Brasil, cuja experiência aliada a uma vocação inata, foi nada menos que de estabelecer, a partir do caos e da barbárie, grandes nações civilizadas!
Cada membro da Família Imperial Brasileira é educado desde o berço para um dia ser estadista, com a conscientização de que a honradez é o seu mais sagrado patrimônio. Essa cultura, presente em incontáveis gerações da dinastia Orleans e Bragança, é a certeza que podemos ter de que o retorno da moral monárquica no governo fará nossos filhos, brasileiros mais felizes do que temos sido ou do que o foram nossos avós.
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Com este Boletim, o Círculo Monárquico de Belo Horizonte amplia suas ações, almejando comunicar, educar e aglutinar em prol da Restauração da Monarquia Parlamentar no Brasil.
A você que nos lê, envie-nos suas colabo-rações, observações e sugestões.
Obrigado !
ESTE MÊS
Pronunciamento do Chefe da Casa Imperial...........................................................................pág.2
Verdades históricas............................................................................................................pág 3
NOTÍCIAS DE OUTRAS MONARQUIAS ...........................................................................pag 4
Pronunciamento do Chefe da Casa Imperial
Brasil, 2009:
– Para onde vamos?
“Em um ambiente de aparente normalidade, sem que o Brasil seja alvo de uma agressão militar externa, múltiplos fatores vão contribuindo para corroer no seu âmago a continuidade histórica, tão intrínseca a nossa vida como Nação independente“, afirmou o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, no encerramento do XX Encontro Monárquico, realizado no Rio de Janeiro.
Após evocar o processo histórico providencial que conduziu à nossa soberania e render homenagem à memória de seu pai e antecessor na Chefia da Casa Imperial, o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, cujo Centenário de nascimento se comemorava no dia 13 de setembro, Dom Luiz assinalou que “vozes políticas apelam a uma refundação do País, prometendo fazer aos brasileiros – sobretudo aos menos favorecidos – uma justiça que lhes teria sido sistematicamente negada. Para tal fim, jogam na vala comum da História todo o nosso passado, considerado, numa distorção falaciosa, fonte de todos os males que o País atravessa”.
E prosseguiu: “Invocando estranhas doutrinas sociológicas, antropológicas, ambientalistas e até religiosas, paladinos de ideologias merecidamente sepultadas pela história recente maquiam-nas com novos contornos revolucionários e tentam introduzir na vida do País fatores próprios a desagregar nossa
organização político-social.
“Partidários de um verdadeiro e extremado apartheid cultural, desejam confinar nossos irmãos indígenas a uma estagnação deteriorante, negando-lhes as vantagens de um sadio progresso e, sobretudo, os benefícios indizíveis da Verdade revelada, e reclamam para eles imensas extensões de terras, que, a médio ou longo prazo, se tornarão enclaves independentes, de onde, desde já, brasileiros são violenta e arbitrariamente expulsos, como se deu recentemente em Roraima e se anuncia para breve em Mato Grosso do Sul.
“Processo idêntico se dá com a chamada revolução quilombola, pela qual comunidades ou indivíduos que se auto-intitulam remanescentes de quilombos, habilmente manipulados por agitadores, reivindicam para si largas áreas do território nacional, em inteiro desrespeito ao legítimo e estabelecido direito de propriedade.
“Vai, igualmente, sendo introduzida no Brasil uma política de classificação de raças, que tenta negar e subverter a identidade nacional, claramente cons-truída sobre a miscigenação, com todos os seus corolários psico-sociais de harmonia e bom enten-dimento.
“Nossa diplomacia, famosa por seus grandes vultos, pela excelência e discrição de sua atuação, percorre hoje, lamentavelmente, descaminhos perigosos, tão avessos a nossa índole como nação independente. Em sua política exterior o governo brasileiro tem multiplicado suas alianças e seu apoio a regimes ditatoriais, e utilizado fóruns internacionais para acobertar práticas tirânicas, oque lhe tem valido severas críticas, provenientes dos mais variados quadrantes. No âmbito da América Latina, é cada vez mais aberta e reconhecida a subserviência de nossa política externa a um projeto ideológico do chamado eixo bolivariano, em nome do qual o governo tem abdicado de direitos e aceitado duríssimos golpes aos interesses nacionais”.
E concluiu o Chefe da Casa Imperial, invocando a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a quem, em 1822, Dom Pedro I consagrara a nova Nação:
“Creio ser dever de todos os brasileiros ter noção clara de tais ameaças, estimular ativamente o debate a respeito das mesmas, evitando assim uma apatia ou um comodismo que poderiam ser fatais, e trabalhar ativamente, sempre dentro dos limites da legalidade, para evitar ao Brasil tais descaminhos”.
QUAL É O MODELO MAIS EFICAZ DE MONARQUIA?
O Parlamentarismo, que poderá contribuir para curar alguns males crônicos do Brasil. Mas seu efeito não é milagroso e, sobretudo, não provém dele a virtude curativa. Ele só poderá ser eficiente se aplicado em regime monárquico, e com um Imperador que não seja mero símbolo dourado, vistoso e inoperante, mas que tenha efetivamente meios constitucio-nais para exercer um Poder Moderador que permita o equilíbrio dos demais Poderes de Estado.
A FORMA REPUBLICANA DEU CERTO NO BRASIL?
Não. Vejamos algus dados a esse respeito. A Constituição do Império vigorou de modo ininterrupto durante 65 anos (1824-1889). Em 100 anos de República, tivemos pelo menos seis Constituições diferentes; dos 37 presidentes, apenas 10 foram eleitos pelo sufrágio popular e conseguiram cumprir regular-mente seu mandato.Nos tempos de D. Pedro II, o Brasil tinha uma moeda estável e forte, possuía a segunda Marinha de Guerra do mundo, teve os primeiros correios e telégrafos da América, foi um dos primeiros países a instalar telefone e a adotar selo postal. A diplomacia brasileira era das mais prestigiosas, tendo sido nosso Imperador convidado a arbitrar pendências entre na-ções como França, Inglaterra, Alemanha, Itália e Estados Unidos. A inflação média anual durante o Império foi de 1,58%. Nos primeiros 45 dias de República, a desvalorização da moeda já pulou para 10%; em 1890 foi de 41%; em 1891, de 50%, e assim por diante. Nos primeiros 100 anos de existência, a República acumulou uma inflação de 1.395.101.913.787% (um tri-lhão, trezentos e noventa e cinco bilhões, cento e um milhões, novecentos e treze mil, setecentos e oitenta e sete por cento).
COMO CONSEGUIU ENTÃO A REPÚBLICA MANTER-SE TANTO TEMPO NO PODER?
Impedindo, durante quase 100 anos, a opinião pública brasileira de questioná-la livremente.
COMO SE DEU ISSO?
Deu-se de modo nada democrático. Sentindo que lhes faltava apoio da opinião pública, os governantes republicanos logo adotaram medidas ditatoriais para garrotear a oposião monarquista e assegurar dessa maneira a própria permanência no poder. A oposição foi silenciada inicialmente pelo “decreto-rolha”, depois pela tristemente famosa “cláusula pétrea”. Sem falar de perseguições violentas que também ocorreram.
A MONARQUIA SERIA A SOLUÇÃO PARA O BRASIL?
Certa vez um repórter pergun-tou ao Príncipe D. Pedro Henrique de Orleans e Bragança, pai do atual Chefe da Casa Imperial, se diante das sucessivas crises políticas que atravessava o país, a volta à monarquia seria a solução. A resposta do Príncipe conserva plena atualidade: “A monarquia é, a meu ver, a solução normal para os problemas brasileiros. A imensidade do território nacional e as legítimas diversidades que nele devem florescer pedem que se mantenha a unidade, um poder central contínuo através das gerações e posto pela própria natureza das coisas num plano trancendente às rivalidades regionais e às paixões políticas. As presentes crises políticas estão pondo em especial realce esta verdade. Parece-me também que algumas características de nossa tradição luso-cristã concorrem para que, no plano cultural e ideológico, seja a monarquia a forma de governo adequada para o nosso país”. Assim sendo, um imperador - e de um imperador, e não de um “rei” que se deve falar - poderia efetivamente contribuir para a solução dos problemas que afligem nosso país.
Fonte: SANTOS, Armando Alexandre. – Parlamentarismo, sim! Mas à Brasileira: com Monarca e com Poder Moderador eficaz e paternal. São Paulo: Edição de Artpress, 1992.
NOTÍCIAS DE OUTRAS MONARQUIAS
Inglaterra
A Princesa Real Anne, filha da Rainha Eslisabeth, foi objeto ontem, 29 de março, de calorosa recepção na Estação Nordeste de Metrô, quando inaugurou três projetos na região.
A Princesa abriu oficialmente a nova Estação de Metrô Haymarket, na Northumberland Street, Newcastle, antes de se dirigir para outros locais.
Multidões se reuniram do lado de fora da estação para assistir à abertura oficial. Ela foi saudada por escolares com bandeirinhas e recebeu flores de Reece Burbridge, da Escola St. Mary, de Cullercoats.
A criança, de 11 anos, disse: “Fui sorteada entre os diversos nomes colocados dentro de um chapéu. Não posso acreditar que eu dei flores para uma princesa de carne e osso. Eu estava realmente nervosa e trêmula, mas tudo correu bem. Ela me perguntou se eu não deveria estar [naquele momento] na escola, mas eu lhe disse que retornaria mais tarde”.
Um inglês de 38 anos, de Gateshead, disse: “Ao passar, a Princesa se deteve para falar comigo. Estava muito solícita. Eu havia planejado muitas coisas para dizer a ela, mas fiquei realmente fascinado e não consegui falar”.
Japão
A maior parte da história do Japão foi regida pela monarquia. A família real chegou ao poder no século VI antes de Cristo. A realeza representa o sinal da unidade do povo com o poder. A crença de que os sucessores ao trono possuem descendência especial torna a visita do principe Naruhito de extrema importância para a comunidade japonesa no Brasil. Naruhito é o futuro sucessor do atual Imperador do Japão, sua Alteza Imperial Akihitol, que subiu ao trono em 1989.
Suécia
Na visita do Rei e da Rainha da Suécia ao Brasil, em março de 2010, outro tema que interessou ao rei e à rainha da Suécia foi a proteção do poder público à criança e ao adolescente. A rainha Silvia – filha de mãe brasileira e que fala português fluentemente -, revelou que no começo da visita ao Brasil esteve em Pernambuco, onde conheceu um centro que cuida de menores que foram retirados de situação de prostituição. Ela revelou ter ficado muito satisfeita com o que viu. O presidente do STF explicou para a rainha Silvia que o direito da criança e do adolescente tem grande significado no Brasil. Falou novamente do importante papel do Ministério Público neste aspecto e de decisões da Suprema Corte que reforçam esse posicionamento.
Na visita do Rei e da Rainha da Suécia ao Brasil, em março de 2010, outro tema que interessou ao rei e à rainha da Suécia foi a proteção do poder público à criança e ao adolescente. A rainha Silvia – filha de mãe brasileira e que fala português fluentemente -, revelou que no começo da visita ao Brasil esteve em Pernambuco, onde conheceu um centro que cuida de menores que foram retirados de situação de prostituição. Ela revelou ter ficado muito satisfeita com o que viu. O presidente do STF explicou para a rainha Silvia que o direito da criança e do adolescente tem grande significado no Brasil. Falou novamente do importante papel do Ministério Público neste aspecto e de decisões da Suprema Corte que reforçam esse posicionamento.
E X P E D I E N T E
"Brasil Real" - Boletim Informativo do
Círculo Monárquico de Belo Horizonte
Presidente: Mário de Lima Guerra
Diretor de Administração: Pedro Henrique Viana Espeschit Diretor de Aglutinação: Paulo Roberto da Silva
Diretor de Comunicação: Walter Gonçalves Taveira
Diretor de Corregedoria: Gilberto Madeira Peixoto
Diretor de Educação: Célio Ayres
Redator: Prof. Pedro Henrique Viana Espeschit
Colaboradores: Carlos Aníbal de Almeida Fernandes, Frederico Augusto Almeida de Castro, Gislaine Rosa de Freitas, José Arcanjo do Couto Bouzas, José Augusto Carvalho de Souza, Luiz Gonzaga Sette, Marcus Soares Leão, Rodrigo Laender Ambrosi Najar.
E-mail: novahistoria@imperialbras.com.br – Telefone : 9615-6710
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