Brasil Real
Ano 1 BOLETIM INFORMATIVO DO CÍRCULO MONÁRQUICO DE BELO HORIZONTE Nº 06 SETEMBRO/2010
MISSA COMEMORATIVA DO 7 DE SETEMBRO
O dia 7 de Setembro foi comemorado pelo Círculo Monárquico de Belo Horizonte com a celebração de uma Missa em intenção de Dom Pedro I.
Foi na Capela Imperial de Nossa Senhora Aparecida, em Nova Lima.
Teve como celebrante o Revmo. Padre Domingos Sávio, acompanhado pelo Coral da Capela Magnificat, sob a direção do Sr. Raymundo Lopes.
O Padre Domingos Sávio, no momento da Homilia, concedeu a palavra ao Sr. Raymundo Lopes, que em nome do Círculo Monárquico de Belo Horizonte, cumprimentou aos mais de 50 presentes e homenageou Dom Pedro I com uma bonita exposição sobre os grandes benefícios que legou ao Brasil: a Liberdade e a Monarqu
Ressaltou que em todos os países da América, houve luta fratricida para conquista da Independência, enquanto no Brasil foi o próprio Príncipe que a concedeu. Este corajoso e magnânimo ato, atesta a visão de Dom Pedro I, que evitou fosse o Brasil esfacelado em pequenas repúblicas, como aconteceu no restante da América Espanhola.
Concluiu, mencionando o tanto que Dom Pedro I amava o Brasil e a Portugal, onde sua memória é também muito querida.
Ao ensejo da Magna Data, em nome dos Monarquistas, foi registrado um respeitoso cumprimento e eterna gratidão ao Imperador Pedro I, na pessoa do Chefe da Família Imperial do Brasil, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, nobre descendente e herdeiro do Libertador do Brasil, Dom Pedro I.
Além dos citados, estiveram também presentes o Presidente do Círculo Monárquico de Belo Horizonte e sua Esposa, o Prof. Raymundo Nonato Fernandes, o Sr. Francisco Lembi e o Prof. Eduardo Dolabela Viana.
ESTE MÊS
Dom Pedro I e a Independência........................................................................................................................................................................pág.2 e 3
Noticias da Monárquia no Brasil e no Exterior.. .....................................................................................................................................................pag 4
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DOM PEDRO I e a INDEPENDÊNCIA
Nascido em Portugal no Paço Real de Queluz no dia 12 de Outubro de 1798, Dom Pedro foi o quarto filho do rei de Portugal Dom João VI e de dona Carlota Joaquina. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, tornou-se príncipe herdeiro em 1801. Veio para o Brasil quando contava apenas com 9 anos de idade. Em 1807 sucedeu a invasão de Portugal pelos franceses e a família real veio para o Rio de Janeiro Aqui chegando, o frei Antônio de Arrábida tornou-se seu principal preceptor, apesar de avesso aos estudos e preferia a vida solta no paço de São Cristóvão e na fazenda de Santa Cruz. Em março de 1816, com a elevação de seu pai a rei de Portugal, recebeu o título de príncipe real e herdeiro do trono em virtude da morte do irmão mais velho, Antônio. No mesmo ano casou-se com Carolina Josefa Leopoldina, arquiduquesa da Áustria A família real retornou à Europa em 26 de abril de 1821, ficando D. Pedro como Príncipe Regente do Brasil. A corte de Lisboa despachou então um decreto exigindo que o Príncipe retornasse a Portugal. Essa decisão provocou um grande desagrado popular e D. Pedro resolveu permanecer no Brasil. Desagradou às Cortes Portuguesas, que em vingança suspenderam o pagamento de seus rendimentos, mas resistiu, criando o famoso Dia do Fico (09/01/1822). Com a popularidade cada vez mais em alta, quando ia de Santos para a capital paulista, recebeu uma correspondência de Portugal, comunicando que fora rebaixado da condição de regente a mero delegado das cortes de Lisboa. No dia 14 de agosto de 1822 o príncipe D. Pedro I partiu do Rio de Janeiro com uma pequena comitiva montada em mulas e integrada por seu secretário Luiz Saldanha da Gama, mais tarde Marquês de Taubaté, pelo tenente Francisco Gomes da Silva (Chalaça), pelo major Francisco de Castro Canto e Mello, ajudante-de-ordens e cronista da viagem, e pelos criados do paço, João de Carvalho Raposo e João Carlota, em direção à Real Fazenda de Santa Cruz, onde pernoitaram. | Após várias paradas para pouso ao longo do caminho percorrido no Vale do Paraíba, Dom Pedro seguiu para a capital da província, onde foi recebido em 25 de agosto, pelo bispo, por autoridades da câmara municipal e grande multidão Dom Pedro tratou logo de reorganizar o governo de São Paulo, ordenando que Francisco Inácio de Souza Queiroz e o intendente de Santos, Miguel José de Souza Pinto, implicados nos acontecimentos de 23 de maio, seguissem para o Rio de Janeiro. Nomeou então, como seu oficial de gabinete, Joaquim Floriano de Toledo. O príncipe permaneceu alguns dias em São Paulo recebendo a hospedagem que lhe haviam preparado o brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão e o coronel Antonio da Silva Prado. Restabelecida sua autoridade e apaziguados os ânimos na capital da província, partiu Dom Pedro e sua comitiva no dia 5 de setembro para a cidade de Santos, com a finalidade de fiscalizar as obras nas fortalezas e visitar familiares de José Bonifácio de Andrada e Silva. Ao entardecer do dia 7 de setembro de 1822, os mensageiros enviados pela princesa Leopoldina e por José Bonifácio encontraram a comitiva do príncipe às margens do riacho do Ipiranga e, um pouco mais distante, o príncipe regente em companhia do padre Belchior Pinheiro de Oliveira, do tenente Francisco Gomes da Silva (Chalaça), e dos criados do paço, João Carlota e João de Carvalho Rapozo. Ali entregaram as missivas, nas quais, em termos realistas incentivavam o príncipe a separar o Reino do Brasil do Reino de Portugal. O príncipe, diante de sua guarda, disse então: "Amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguem-nos. De hoje em diante nossas relações estão quebradas. Nenhum laço nos une mais!." E, arrancando do chapéu o laço azul e branco, decretado pelas Cortes, como símbolo da nação portuguesa, atirou-o ao chão, dizendo: "Laço fora, soldados! Viva a independência e a liberdade do Brasil!". |
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"Grito do Ipiranga" de Pedro Américo
O príncipe desembainhou a espada, no que foi acompanhado pelos militares; os paisanos tiraram os chapéus. E Dom Pedro disse: "Pelo meu sangue, pela minha honra, juro fazer a liberdade do Brasil. Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será o dístico Independência ou Morte e as nossas cores verde e amarelo, em substituição às das Cortes" De volta ao Rio de Janeiro, foi proclamado, sagrado e coroado imperador e defensor perpétuo do Brasil. Impulsivo e contraditório, logo abandonou as próprias idéias liberais, dissolveu da Assembléia Constituinte, demitiu José Bonifácio e criou o Conselho de Estado que elaborou a constituição (1824). Em meio a dificuldades financeiras e várias e desgastantes rebeliões localizadas, instalou a Câmara e o Senado vitalício (1826), porém um fato provocou desconforto geral e o seu declínio político no Brasil. Com a morte de D. João VI, decidiu contrariar as restrições da constituição brasileira, que ele próprio aprovara, e assumir, como herdeiro do trono português, o poder em Lisboa como Pedro IV, 27º rei de Portugal. Foi a Portugal e, constitucionalmente não podendo ficar com as duas coroas, instalou no trono a filha primogênita, Maria da Glória, como Maria II, de sete anos, e nomeou regente seu irmão, Dom Miguel. | Porém sua indecisão entre o Brasil e Portugal contribuiu para minar a popularidade e, somando-se a isto o fracasso militar na guerra cisplatina (1825-1827), os constantes atritos com a assembléia, o seu relacionamento extraconjugal (1822-1829) com Domitila de Castro Canto e Melo, a quem fez viscondessa e depois marquesa de Santos, o constante declínio de seu prestígio e a crise provocada pela dissolução do gabinete, após quase nove anos como Imperador do Brasil, abdicou do trono em favor de seu filho Pedro (1830) então com cinco anos de idade. Voltando a Portugal, com o título de duque de Bragança, assumiu a liderança da luta para restituir à filha Maria da Glória o trono português, que havia sido usurpado pelo irmão, Dom Miguel, travando uma guerra civil que durou mais de dois anos. Inicialmente criou uma força expedicionária nos Açores (1832), invadiu Portugal, derrotou o irmão usurpador e restaurou o absolutismo. Porém voltara tuberculoso da campanha e morreu no palácio de Queluz, na mesma sala onde nascera, com apenas 36 anos de idade, e foi sepultado no panteão de São Vicente de Fora como simples general, e não como rei. No sesquicentenário da independência do Brasil (1972), seus restos mortais foram trazidos para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo. |
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NOTICIAS DA MONARQUIA NO BRASIL E NO EXTERIOR
MÁRIO
FONTANA
mario.fontana@uai.com.br
Os melhores
Vejam vocês! Na mais recente lista dos 100 melhores países domundo para se viver, publicada pela revista Newsweek, verifica-seque Lula não está comabola toda, como apregoa por aí. Ou melhor,o Brasil não está emergindo para o grupo dos privilegiados como se pensa.
Quanto aos que ficam perto do céu, classificados no grupodos 10 mais,a maioria é de países ricos, pequenos, de clima frio e degente altamente civilizada.
Os 10 são: Finlândia; Suíça; Suécia;Austrália; Luxemburgo; Noruega; Canadá; Holanda; Japão e Dinamarca. Detalhe que chama a atenção é que oito deles, maioria avassaladora, são monarquias. No caso de Austrália e Canadá, a rainha da Inglaterra continua como chefe de Estado de ambos.
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Quanto às demais nações do grupo dos 100, os Estados Unidos entraram em 11º lugar, classificação que está provocando dúvidas, já que o número de pobres na maior potência do mundo aumentou espantosamente. A crise econômica ainda está presente e o desemprego não para de crescer.
E quanto ao Brasil?,
Vocês devem estar se perguntando.
Pois bem.O Brasil está em 48º lugar, atrás, entre outros, do Chile (30º), Peru (42º), Uruguai (44º), México (45º), e da Argentina (46º). E está pertinho de Cuba (50º), ilha da qual falam tão mal.
Fonte: Caderno Cultura Jornal Estado de Minas ed. 10-10-2010
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LINHA EDITORIAL DO BOLETIM DO CMBH “BRASIL REAL”:
A linha de conduta seguida pelo CMBH em suas comunicações evita críticas às pessoas, concentrando-as ao regime republicano, causa maior das insatisfações.
Vive-se um momento em que a freqüência de críticas às pessoas do Governo é muito intensa. Todos criticam, mas quase ninguém propõe soluções.
A causa da Monarquia-Parlamentar não pode se apoiar em lugar comum.
Os registros deixados pela história republicana demonstram que as causas atuais da insatisfação sempre existiram no regime.
Falta a esse regime a Moral Monárquica e esta é só disponível através de um Quarto Poder descompro-metido com o materialismo, especialmente por ser vitalício e hereditário. Para tanto, não bastaria o Parlamentarismo, é preciso que o regime seja o Monárquico-Parlamentar.
EX P E D I E N T E
"Brasil Real" –
Boletim Informativo do Círculo Monárquico de Belo Horizonte
Presidente: Mário de Lima Guerra
Diretor de Administração: Pedro Henrique Viana Espeschit Diretor de Aglutinação: Marcos Antonio Alves
Diretor de Comunicação: Walter Gonçalves Taveira
Diretor de Corregedoria: Gilberto Madeira Peixoto
Diretor de Educação: Célio Ayres
Redator: Pedro Henrique Viana Espeschit
Colaboradores: Carlos Aníbal de Almeida Fernandes, Gislaine Rosa de Freitas, José Arcanjo do Couto Bouzas, José Augusto Carvalho de Souza, Luiz Gonzaga Sette, Marcus Soares Leão, Rodrigo Laender Ambrosi Najar.
E-mail: novahistoria@imperialbras.com.br – Telefone : 9615-6710
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